O amor não mora nos contos de fadas: ele vive na realidade

Você já parou para pensar em quantas mães existem nos contos de fadas? A resposta é quase nenhuma. Elas são silenciosas, apagadas, ou, quando surgem, são retratadas como seres perfeitos, etéreos, sem margem para falhas ou sentimentos contraditórios. Enquanto isso, as madrastas essas sim têm espaço: podem errar, ser duras, humanas até demais.

Mas e nós? E as mães e pais da vida real?

Nós não vivemos em castelos nem temos varinhas mágicas. Vivemos no trânsito do dia a dia, na bagunça da rotina, na dúvida do que é certo ou não. Somos feitos de carne, osso e sentimentos. Às vezes acertamos, muitas vezes erramos. Há dias em que estamos presentes com o coração inteiro... e outros em que só conseguimos estar no piloto automático.

E está tudo bem.

Porque educar não é um ato de perfeição é um processo de presença, de constância, de reconstrução diária. Ser mãe ou pai não significa nunca perder a paciência ou nunca sentir medo. Significa, acima de tudo, mostrar aos filhos que o amor verdadeiro não é aquele que nunca falha, mas o que permanece mesmo quando tudo parece desabar.

Ensinar isso a uma criança é uma das maiores dádivas que um adulto pode oferecer. Mostrar que o amor real é imperfeito, cheio de nuances, feito de altos e baixos. Que não existe uma única forma certa de cuidar existe a sua forma, com o seu jeito, seu tempo e seus limites.

Porque no fim, o que transforma não é a ausência de erros. É a presença genuína, o afeto possível, o vínculo construído dia após dia. O amor, esse que importa, não vive nos contos de fadas. Ele mora onde há verdade.

Autoria de Fernanda Aoki por WMB Marketing Digital

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